sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A hermenêutica do Direito

Olá pessoas.

Bom, pra começo de conversa, quero dizer que mesmo sabendo que tudo que escreverei aqui e posteriormente publicarei poderá ser usado contra mim, mesmo assim, o farei. O meu tão sonhado e esperado curso de Direito começou na quarta feira, como vocês já sabem. O que vocês não sabem é o que aconteceu e o que eu achei de tudo isso. *Momento expectativa*

Ao chegar na Universidade, estava imaginando algo receptivo, caloroso e cheio de alegria, mas o que realmente aconteceu, foi isso:

*Bolas de feno no ar*

Ok, a sala não estava totalmente vazia, mas se bem me lembro, só haviam quatro alunos em sala. Ao me deparar com a cena, obviamente pensei "Bom, deve aparecer o pessoal mais animado daqui à pouco", ledo engano. Não apareceu, mas não porque não foram à aula, mas sim porque eles NÃO existem.

Continuando, apesar de me impressionar, abri o meu melhor sorriso e dei um (não tão alto ou festivo, mas sonoro) "Bom dia!", até que me responderam, mas com uma timidez de assustar qualquer um, e ali continuaram, sentados. Achei melhor então ir pro lado de fora, até porque não estava perdendo nada do lado de dentro. Pois bem, fui, tentei puxar um papo com outra aluna que também estava na porta, mas não obtive muito sucesso. A partir daí, meu sorriso já estava cansado e minha paciência, também. Resolvi esperar.

Um aluno apareceu e finalmente alguém resolveu falar comigo (posso ouvir um ALELUIA irmão?). Foi o único eu acho. Os professores me pareceram rígidos e chatos, o assunto, também.

Resultado do dia: Total decepção e desapontamento. Sentia vontade de desistir à cada cinco minutos. Queria fazer outro curso, ou fazer cursinho, ou voltar pra casa, ou qualquer coisa que fosse; menos continuar ali. Aliás, se aprendi alguma coisa, é que não devo - de forma alguma - criar expectativas, sobre absolutamente nada. Nem sobre amigos ou faculdade, nem sobre assuntos ou professores, nem sobre as pessoas e suas verdadeiras intenções.

E então, no segundo dia de aula mesmo com uma imensa vontade de desistir, resolvi ir (até porque, porra, não tenho outra opção). Como fui sem nenhuma expectativa ou intenção que coisas boas acontecessem, o dia foi positivamente melhor. Conheci e conversei com mais pessoas, interagi com a turma e me interessei mais pelas aulas.

O mais  engraçado de toda a história (se é que tem alguma parte engraçada), são alguns dos meu professores, que são peças únicas e não encontramos em qualquer lugar.

Vou numerá-los aqui, assim fica mais fácil de vocês compreenderem.

O professor número 1: Ele foi um dos professores mais engraçados, mas não por fazer piadas ou porque tem uma veia cômica, mais sim por seu jeito de ser. Eu não sei ao certo, mas ele deve ter um tipo de doença que o deixa "tremendo", ele fica o tempo todo com tremeliques e claro, isso acaba passando pra voz que também fica tremida e é engraçado. Dado as devidas proporções, ele me lembra bastante um professor de história do ensino médio. Além da expressão corporal, ele fala alterando o tom de voz, passando de algo tão baixo que mal se ouve, até semi-gritos, ele também tem um lencinho que leva a boca toda vez que começa a 'babar"(engraçado, mas bem mais nojento). E ainda não é só isso, o cara VIVE (eu disse, vive) de passado, ele contou histórias de 1964, pasmem. (putz, eu nem lembro o que jantei ontem).

O professor número 2: Esse é um espanhol (creio, eu), ele realmente me impressionou. O velhote serviu o exército durante 35 anos, fala cinco línguas fluentemente e ainda tem toda uma vitalidade, algo realmente admirável. A matéria dele foi uma das que mais me agradou, e o seu jeito de falar também é diferente. Ele fala com um mega sotaque espanhol e chama à todos de "chicos" e "chicas". Também pede pra lermos coisas rapidamente, de "supetão" e escrevermos redações em TODAS as aulas.

O professor número 3: Esse cara foi realmente estranho, ele também me lembrou muito um professor  do ensino médio (que por sinal, eu odiava). Ao iniciar a aula, ele fez uma piadinha irônica; "Parabéns por vocês terem passado no vestibular da Unipê. Foi difícil?", agora deixem-me dizer, o vestibular tem 15 questões e é extremamente fácil. O homem tava tirando uma com a cara da gente. Depois disso, ele continuou a aula e eu não sei e nem me perguntem o porquê, ele me resolveu fazer uma pergunta. Segue então, uma reprodução livre do diálogo:

- Qual o seu nome?

- *Cara de "heim?"* Evaristo.

- O que é uma enciclopédia?

- É...

- *falando pra turma* É ruim no primeiro dia de aula o professor já fazer uma pergunta, não é? Haha.

- Bom na minha opinião, enciclopédia são livros...um conjunto de li...*sendo interrompido*

- Exatamente, no meu tempo enciclopédia era um conjunto de livros, mas hoje em dia, o mais próximo que temos disso é a Wikipédia. 

*Todos da sala riem*

Minha cara:

Oh GOD.

Obs: Descobri que é "O Unipê", pelo menos foi assim que o professor número três falou.

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